Relatos de uma viagem: Clandestino


Nossa equipe embarcou em um ônibus clandestino e você confere aqui este relato.

O transporte clandestino de passageiros é um problema em todas as cidades do país. São vários casos de acidentes e problemas durante a viagem. Devido aos valores mais baixos, muitos passageiros ainda se arriscam em embarcar nesta que pode ser a última viagem de suas vidas.



Segundo pesquisas realizadas quase 40% dos acidentes causados nas estradas são com veículos que realizam o transporte irregular. Este tipo de transporte põe em risco a vida de quem utiliza devido a diversos fatores, um deles (e talvez o principal) seja o estado precários dos veículos. Alguns ônibus utilizados tem mais de 40 anos e ainda rodam sem nenhuma fiscalização. 


Nossa equipe embarcou em um desses veículos e o relato você lê aqui!

INICIANDO A VIAGEM

Veículos clandestinos não tem autorização da ANTT ou de qualquer outro órgão para entrar em rodoviárias. Compramos uma passagem (em frente a rodoviária de São Sebastião da Grama, no estado de São paulo (OMSI2). A passagem custa R$25 reais e embarcamos no dia seguinte às 5hs da manhã com destino a Divinolândia, porém a linha vai até Caconde, também no estado de São Paulo.
Fomos instruídos pelo vendedor que o veículo estaria no primeiro ponto após a rodoviária embarcando os passageiros. No dia seguinte seguimos para o ponto citado e lá estava o veículo, já com alguns passageiros embarcados.


Note que no letreiro do veículo não consta o destino real e sim o nome TURISMO-SP, para driblar a fiscalização.


Embarcamos nossas bagagens e entramos no veículo. Para nossa surpresa o ônibus utilizado foi fabricado em 1985.


Entramos no veículo e logo nos dirigimos a nossa poltrona (25). O veículo apesar do horário (04:58 AM) estava um pouco quente e a poltrona incomodava, pois uma das molas estava solta. O veículo não possui ar-condicionado. Devido ao baixo valor da passagem o ônibus saiu com uma lotação razoavelmente alta.
O ônibus saiu com 7 minutos de atraso (05:07AM) devido a um problema. O motorista não informou qual problema seria.

DURANTE A VIAGEM


Pouco mais de 10/12 minutos de viagem ouvimos um barulho estranho vindo da traseira do ônibus e, com isso, surge nosso primeiro transtorno. Tivemos que parar para o motorista verificar o que estava acontecendo com o veículo.



Após quase 25 minutos o motorista diz ter resolvido o problema e continuamos viagem.


Ao chegarmos antes da entrada de Divinolândia/SP mais uma vez fomos obrigados a parar devido ao problema no motor. Dessa vez descemos do veículo para saber o que estava acontecendo, mas até então o motorista responsável não nos informou nada.


O Barulho surgiu dessa parte do ônibus e sempre que o mesmo acelerava muito escutávamos um ruído estranho. Ficamos parados por mais 20 minutos.



TÉRMINO DA VIAGEM

Após 1h03min de viagem (que devia durar entre 15 e 20 minutos) chegamos a Divinolândia. 


Como imaginávamos, o ônibus não nos deixou na rodoviária e sim num posto próximo ao centro da cidade.




Após desembarcarmos e retirar nossas bagagens, o ônibus seguiu viagem para Caconde/SP.

CONCLUSÃO

Em nossa viagem de experiência com o veículo irregular tivemos inúmeros problemas no qual seriam mais difíceis de acontecer caso o ônibus e a empresa fossem regular. O preço da passagem não compensa, pois o veículo não oferece nenhum conforto ao viajante e ainda traz riscos sérios a quem viaja e a quem está na estrada.
Nossa viagem, que devia durar no máximo 30 minutos acabou levando mais do dobro pra se concretizar, logo a pontualidade desses veículos não são respeitadas, visto que saímos com atraso.
Por não ser uma empresa registrada nos órgãos responsáveis a venda de passagens é completamente perigosa e feita 'na camaradagem', pois não existe garantia de que você consiga concluir sua viagem com êxito. O embarque é feito 'na rua', pondo em risco os passageiros, pois os pontos de embarque não tem segurança suficiente.
O transporte clandestino é crime previsto em lei e não deve ser realizado. Para combater este tipo de viagem compre sempre passagens com empresas regularizadas e que tenham cadastro nos órgãos regulamentadores. Para denunciar o transporte irregular você pode entrar em contato com o 166 ou com a ouvidoria da ANTT.


Quer ver o relato de viagem da sua empresa aqui no nosso blog? Entre em contato com a Rota do Sol!

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